12 de novembro de 2014

Lágrimas de uma mãe qualquer

Eu cheguei com um sorriso, mas ao olhar para seu rosto já vi que havia algo errado. Era o rosto de uma mãe, da Dona Ana.
Ana é daquelas mães que dão a vida por seus filhos. Tira da própria boca pra dar pras crianças. Não viaja, não passeia, não curte a vida. Sua função é garantir um futuro melhor para os filhos.
Lágrimas começaram a brotar em seus olhos e eu me espantei. Palavras e mais palavras, desabafos. Ana estava a beira da depressão. Depressão não é tristeza, e sim a falta de esperança.
Ela tinha feito uma drástica descoberta naquele dia: a de que seu filho era usuário de drogas. Encontrou a droga dentro de sua própria casa e o filho foi obrigado a confessar. Seu mundo se despedaçou. Nada fazia sentido. Escuridão. Dúvidas. Medos. Mas mesmo assim, amor. E a grande questão era: Por que?
  - Sou uma boa mãe, sempre dei tudo, fiz de tudo por eles, como ele faz isso comigo?
Dizia Ana aos prantos. Até então eu nunca tinha visto de perto o efeito das drogas. Elas não fazem mau apenas ao corpo, não é só o físico que afeta, o psicológico é o que mais sofre. E o usuário não sofre sozinho, a família toda sofre junto.
Eu queria apenas que esse filho ouvisse o que eu ouvi da mãe dele. Eu queria que esse filho visse as lágrimas derramadas. Filhos nunca estão satisfeitos porque não entendem como funciona o mundo. As coisas não são fáceis para ninguém.
Mãe, me ajuda.

7 de novembro de 2014

Desabafo sobre o trânsito

A vida toda eu sonhava com o dia em que poderia dirigir. Já sonhei muitas vezes literalmente. Sempre foi algo que me fascinou, poder ir aos lugares por si mesmo, sem depender dos outros, poder ser útil, ser livre. Sempre achei que quando completasse 18 anos, no dia seguinte já estaria fazendo as aulas da autoescola. Doce ilusão.

Aconteceu que, fiz 18 e nada mudou. Não tinha tempo e muito menos dinheiro pra pagar autoescola. Eu era estagiária, trabalhava o dia todo, ganhava muito mau e meus pais não tinham condições de pagar pra mim. Enfim, fui dar entrava da autoescola 8 meses depois da maioridade, e paguei parcelado ainda. Finalmente achei que em breve realizaria aquele sonho. Mais uma doce ilusão. A burocracia é gigante no Detran. É papelada, é documento, é foto, é médico, é tudo. Aulas e mais aulas. Prova teórica que foi marcada para depois de três meses. Quarenta horas de aulas práticas. É luta e espera que não tem fim.

Já com 19 anos, consegui ela, a tão sonhada carteira de motorista (ou PPD para os "iniciantes", que é o meu caso), o pedacinho de papel que iria mudar a minha vida. Ou deveria.

Nada mudou. Continuei andando de ônibus e dependendo da boa vontade dos meus pais para emprestar o carro para ir na esquina comprar pão, só para ter o gostinho de dirigir.

O desespero aumentou. Tanta luta pra nada, pra continuar nessa vida de sair 1h30 mais cedo de casa por causa do ônibus.

Após uma grande dose de coragem, sorte e iluminação divina, consegui comprar uma moto. O sonho era um carro, óbvio, mas acabou que agora gosto muito mais de moto.

Foi ai a minha verdadeira estréia como motorista nesse trânsito de Taubaté/Tremembé.

E foi aí que chegou mais uma decepção. Descobri que o trânsito não é tão legal assim. O trânsito é decepcionante e as pessoas são mais ainda. Achei que os motoristas eram felizes por poder dirigir e ir aonde quiser, mais então vi que os motoristas odeiam dirigir. (Aposto que não lembram da época em que pegavam ônibus).

Ninguém respeita ninguém, muito menos as leis de trânsito. Estar na rua te faz desaprender a dirigir. As pessoas fazem tudo errado. De acordo com minha observação, mais de 50% dos motoristas não dão seta ao virar (algo de extrema importância nessas cidades que possuem milhões de rotatórias). As pessoas não param quando devem parar, não dão preferencia quando é pra dar, não parar para os pedestres nem mesmo na chuva. Uma vez parei para uma velhinha atravessar e todos os carros atras ficaram buzinando. Falta de educação.

As pessoas não dirigem para os outros, como deveria ser, elas dirigem para si próprias, não estão nem aí, viram sem dar seta mesmo, passaria por cima até se pudesse. E tem também aqueles que são tão desligados que só veem que o sinal abriu quando ele está fechando.

O trânsito é triste, as pessoas são ignorantes. Gostaria que os motoristas se lembrassem da época em que andavam de ônibus e demoravam duas horas para chegar ao seu destino, dar a preferência pra alguém ou parar para um cidadão atravessar a rua, não vai acabar com sua vida.

22 de outubro de 2014

Você poderia

Você poderia ter sido ele.
Poderia ter sido o homem da minha vida, meu amante, confidente, meu amigo. Você poderia...
Poderia ter sido perfeito, não em si, mas pro nosso amor. Perfeição não existe.
Poderia ter sido louco, maluco pela vida, não levado tão a sério...
Poderia ter me dito o que pensava no exato momento...
Poderia ter sido mais compreensível, mais leve, menos exato.
Poderia ter ficado ao meu lado naquele pôr-do-sol.
Poderia ter me dado a mão e me levado contigo...
Poderia ter respondido todas aquelas cartas ignoradas...
Poderia ter dito tantas belas palavras...
Poderia ser se importado menos com problemas pequenos... e perdoado mais.
Poderia ter valorizado mais as pequenas coisas e presenteado mais com simples gestos.
Poderia ter me surpreendido, me levado ao delírio.
Poderia ter feito aquela lágrima virar um sorriso com um simples beijo.
Poderia ter explicado melhor aquele mal entendido.
Poderia ter deixado o orgulho de lado em nome de algo maior.
Poderíamos ter sonhado mais.
Poderíamos ter feito mais loucuras, mais risadas, mais passeios bobos...
Poderíamos ter sido mais amigos e confidentes...
Poderíamos ter desabafado todos os sentimentos e pensamentos.
Poderíamos ter sido mais sinceros um com outro.
Poderíamos ter mais confiança e esperança.
Nesse mundo inconstante de possibilidades, já não importa mais o que foi feito ou não. Atos e palavras dessa história, com começo e meio levaram a este fim. Fim simples, como sempre fomos. Fim feio para um começo tão bonito. Tardio, repentino, inesperado, assustador. As coisas aconteceram, erros foram cometidos. O que deixamos ou não de fazer não é mais. Não é mais nada. Não somos mais nada. 

13 de outubro de 2014

O valor das coisas

Afinal, quem define o valor das coisas?
Qual o valor de um beijo, de um abraço? De um amigo, de um namorado? De uma foto ou um vídeo? De um trabalho realizado?
De onde vem o valor?
O valor das coisas somos nós quem damos. As pessoas sempre querem valorizar a si mesmas e desvalorizar os outros, querem ser importantes e menosprezam o suor dos outros.
Você, na humildade, pode acabar desvalorizando a si mesmo, pode pensar que não é o melhor e nem o mais importante e que não merece mesmo. Você não precisa ser o melhor para se valorizar, você tem o seu valor, seu trabalho é importante, afinal você estudou muito e batalhou muito para saber fazer tudo o que você faz hoje.
Qual vale o seu tempo?
Tempo, uma coisa preciosa nos dias hoje, tempo, que todos querem e poucos têm.
Você é um ser humano e merece ser valorizado. Conhecimento não vêm de graça e nem cai do céu. É preciso muita força de vontade e luta para correr atrás dele.
Pense nisso, será que você está dando o devido valor aos outros e a si mesmo?

4 de setembro de 2014

Dupla musical de Taubaté aposta no sertanejo rumo ao sucesso

Por Alessandra Maria 

Ninguém nasce sabendo. Nessa vida tudo se aprende. E foi desde cedo que os irmãos Renata Santos, de 25 anos, e Gustavo Oliveira, com 30 anos, foram influenciados pela música graças a seus pais e avós que sempre foram apaixonados pelo mundo musical.

Quando Gustavo completou 14 anos, ganhou um violão do seu avô materno, João dos Santos. Daí em diante foi notável sua habilidade com instrumentos musicais, arriscando até com instrumentos de percussão, como o cajón. E a Renata, sempre observando seu irmão, também foi presenteada com um violão aos doze anos, pelo avô João.

Em 2005, decidiram montar a dupla, fazendo as primeiras apresentações em público. Gravaram seu primeiro CD no estilo pop e MPB com músicas de autoria própria em 2007. Enfrentando todas as dificuldades, o CD foi lançado apenas em meados de 2010. “Na época não sabíamos ainda qual estilo seguir, então escolhemos esse lado mais romântico, só que aqui no Vale do Paraíba já existem muitos músicos bons nesse estilo”, explica Renata.

Hoje, mais maduros no mundo da música, estão produzindo o segundo CD, dessa vez com o estilo bem definido, sertanejo. “O sertanejo universitário é o que tem feito sucesso hoje em dia, e aqui no Vale não tem muito, então não tem jeito, tem que ser o sertanejo que é o nosso forte mesmo”, conta a cantora.

Desse novo CD, a dupla já gravou a primeira música que será o grande hit desse álbum, a música “Um centavo”, de autoria própria, ganhou até videoclipe oficial no youtube. Já fizeram, inclusive, a sessão de fotos para a capa do CD, na cidade de Campos do Jordão. Junto com o lançamento dessa canção na internet, Renata e Gustavo também lançaram um novo site. Mas, não é fácil, com preços altos, falta de patrocínio e recursos, é muito complicado hoje na região para que os músicos possam crescer. “O custo é realmente muito grande, então por isso leva certo tempo para poder gravar todo o CD”, afirma Renata. Mas, a dupla segue confiante e pretende lançar esse segundo CD no começo de 2015.

No dia 15 de julho deste ano, a Dupla se apresentou em um grande show na cidade de Borda da Mata em Minas Gerais. “Nunca tivemos um público tão grande e receptivo, foi uma experiência incrível”, afirma Gustavo. Hoje, o trabalho da dupla envolve desde apresentações em bares, confraternizações, convenções, shows e até casamentos.


3 de setembro de 2014

Desafio sem maquiagem

Após o famoso balde de gelo que inundou de postagens o instagram e facebook (mesmo com o país em uma situação crítica de seca), eis que chega mais um super viral.

O desafio da CARA LIMPA / SEM MAQUIAGEM / SEM FILTRO / CARA LAVADA

Desculpe prima linda que me desafiou, mas, ah, que preguiça desses virais. Minha rotina é sem maquiagem, eu posto sempre no instagram fotos minhas sem maquiagem, pra quê isso? Por que tão sensacional e tanta febre pra uma coisa tão normal?

É triste pensar que hoje em dia tem gente que não sai de casa sem maquiagem, nem pra ir na padaria.

Eu me sinto tão bem sem maquiagem, é tão mais prático. Me arrumo mais rápido, posso chorar, coçar o olho, posso suar, fico limpa, sem sujeira, me sinto mais eu. Afinal você é assim ou você só é você com maquiagem? Espera que tem alguma coisa errada com você então.

Você é linda do seu jeito, linda ao natural. Quer coisa melhor do que se sentir linda naturalmente? Você não precisa de nada artificial, não precisa de maquiagem, nem silicone e nem photoshop. Você é linda. Não deixe que essa sociedade consumista com seu padrão de beleza te faça pensar ao contrário.

Repita comigo em voz alta: EU SOU LINDA. De novo: EU SOU LINDA.

Nós somos o que queremos ser, e é precisar amar primeiramente a si mesmo para ser feliz.

Não pensem que sou contra a maquiagem, não. Eu gosto de maquiagem, mas uso eventualmente, só em festas ou eventos especiais para dar uma cara de mais arrumadinha. Mas, na rotina, no dia-a-dia, uso no máximo um batonzinho. É raro eu usar maquiagem em dias comuns, eu fico o dia inteiro na rua, a make não aguenta, eu me sinto feia e suja. 

Maquiagem, use, mas não abuse. USE COM MODERAÇÃO.

8 de julho de 2014

Dehoniana

Só depois de dois meses consegui tempo para este post. Devido as milhares de perguntas que vivem me fazendo sobre meu novo trabalho, hoje estou aqui para escrever um pouco sobre a Faculdade Dehoniana.

A Faculdade Dehoniana é uma Instituição de Ensino Superior credenciada pelo MEC que está localizada em Taubaté, no bairro Vila São Geraldo, próximo ao Centro. Temos os cursos de graduação de Administração, Teologia e Filosofia. Também temos cursos de pós-graduação e cursos de extensão.

Ela foi fundada em 1924, quando foi dada aprimeira aula de teologia neste espaço, portanto a faculdade existe a quase 100 anos.

A visão educacional da Dehoniana é a seguinte frase: "Por uma fé inteligente, unimos razão e coração".

A missão é promover a educação integral a partir de vínculos interpessoais inspirados na cordialidade do Cristo Mestre, em vista da construção de uma sociedade mais humanizada.

Já deu pra perceber que a Dehoniana não é uma IES qualquer, aqui você é valorizado como ser humano, e não como apenas mais um aluno resumido ao número de matrícula.

Muitos me perguntam se aqui é uma escola de Padre. Sim e não. Os padres se formam aqui, sim, eles estudam filosofia e teologia para se tornarem padres, mais leigos e qualquer um que quiser pode estudar aqui. Qualquer um pode fazer teologia, filosofia e principalmente administração. Além dos cursos de entesão maravilhosos que tem aqui, de todas as áreas, até inglês, italiano, Libras, etc. Com preços super acessíveis.

O que eu faço
Sou responsável pelo setor de Comunicação e Marketing. Todas as campanhas, panfletos, e divulgações sou eu que crio e faço. Eu que sou a social media, a assessora de imprensa, a publicitária, entre outros daqui. Cuido do Facebook, do site, das redes, da comunicação em geral da instituição.






10 de junho de 2014

Violões feitos em Taubaté vão para todo o país

(Escrevi essa matéria ano passado e foi publicada no Diário de Taubaté no dia 27 de setembro de 2013, só hoje lembrei que não tinha postado aqui no blog. É um perfil sobre um luthier muito legal de Taubaté.)

O artesão Lineu Bravo é um luthier que faz sucesso no Brasil com seus instrumentos profissionais feitos sob medida no Vale do Paraíba.

Por Alessandra Maria – Vale Repórter Unitau

Digite a palavra “luthier” no Google, e, depois do link da Wikipedia, Lineu Bravo será o primeiro registro da lista. Um profissional como ele precisa ser facilmente encontrado pelos músicos de todo o país. Lineu já fez instrumentos para várias estrelas da música brasileira, como Chico Buarque, Ana Carolina, Guinga, entre muitos outros. E, sim, ele mora e se dedica à arte de construir violões, cavaquinhos e bandolins na cidade de Taubaté (SP).


A habilidade de Lineu com madeira começou há muito tempo, em Sorocaba (SP), sua cidade natal. Quando era apenas uma criança, ele gostava de perguntar ao pai: “Vai sobrar alguma coisa?” O que o menino queria eram apenas os restos de madeira do trabalho do pai marceneiro. Com os “presentes” que recebia do pai, o jovem Lineu gostava de construir os seus próprios brinquedos feitos de sobra da madeira. Já seu primeiro contato com a música foi por conta da mãe, que vivia a cantar e a ouvir rádio, pois gostava muito de música. Aos 10 anos, Lineu aprendeu sozinho a tocar cavaquinho.

Aos poucos, o jovem foi se distanciando do seu hobby com a madeira. Trabalhou em uma loja de materiais de construção e, mais tarde, chegou a fazer dois anos de faculdade de Direito. Mas as coisas não estavam dando certo. Ele estava ‘quebrado’, sem emprego, sem dinheiro, sem expectativas. Era final dos anos 90, e uma ‘febre’ de pagode dominava o país. Foi quando Lineu decidiu fazer uns cavaquinhos para vender. De começo, não deu muito certo, pois suas criações não venderam rápido. A vida toda ele já havia feito vários instrumentos como hobby, mas construir um violão, isso ele nunca havia experimentado. Apareceu então, um amigo que lhe emprestou um violão de boa qualidade, e Lineu tentou fazer seu primeiro violão na mesma linha desse instrumento. Depois disso, sua vida se desenrolou e a dificuldade encontrada na venda dos cavaquinhos não existiu com a venda dos violões. O destino não conseguiu separar o Bravo luthier da madeira.

Vários desafios se apresentaram. “Eu aprendi a fazer, fazendo”, confessa, de bom humor, Lineu Bravo. Ele nunca leu um livro sequer sobre a arte da luthieria, nunca fez cursos, nunca trabalhou com outro luthier e muito menos tinha entrado em uma fábrica de violão quando começou. Com mãos já habilidosas para mexer com madeira, Lineu tentou entender a função de cada parte do violão e juntando isso com o ouvido apurado, desenvolveu o que tem hoje, a marca de violões Lineu Bravo. “Eu não entendia a lógica da acústica do instrumento. Então, eu peguei um violão e tirei mais ou menos as medidas e tentei entender porque aquelas coisas tinham aquele formato”, relembra o luthier. “O maior desafio foi tentar conseguir a sonoridade que eu queria, utilizando os materiais que eu tinha”.

Ele escolheu Taubaté para se instalar e fabricar violões. Para ele, a cidade do Vale tem qualidade de capital e tranquilidade de interior, num ponto geográfico estratégico, próximo à Rodovia Presidente Dutra que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. O sucesso de Lineu está na preocupação com os pequenos detalhes, isso faz com que seus instrumentos sejam de ótima qualidade. “É preferível um violão com bom material feito por um luthier excepcional do que um material excepcional feito por um luthier mais ou menos”, opina o talentoso fabricante de violões, bandolins e cavaquinhos.

O profissional sempre trabalhou sozinho, não tem coragem de deixar ninguém responsável por uma parte sequer na montagem do violão, cada detalhe é importante, e só ele sabe todos os ajustes e processos necessários. Lineu adora ter o feedback dos clientes, pois é com as críticas que consegue aprimorar seu trabalho.

Um cuidado muito importante é manter a madeira longe da umidade. No local onde ele faz a fabricação, possui uma sala especial com um desumidificador de ar, onde fica armazenado o seu material de estoque e onde acontecem alguns processos de colagem e de pintura dos instrumentos. Em seus 12 anos de carreira, o luthier já fabricou cerca de 400 instrumentos, sendo que cada um demora entre dois a três meses para ficar pronto. Esses detalhes fazem com que cada vez mais músicos procurem luthiers, pois na linha de montagem em um fábrica de instrumentos não existem esses cuidados perfeccionistas que os grandes expoentes da música brasileira procuram.



Ao digitar “luthier” no buscador mais famoso da internet e encontrar o site de Lineu, dá para ler, no mesmo link, depoimentos de vários músicos de renome. Chico Buarque, por exemplo, escreveu assim: “O violão do Lineu Bravo é o de minha estimação. Além de bonito toda a vida, é violão compositor”. Já Guinga deixou o registro: “O Lineu é a grande revelação da construção do violão. Ele ascendeu muito rapidamente e estará brevemente entre os melhores do mundo. É um gênio”.

E este trabalho é reconhecido pela cidade de Taubaté. Em agosto, Lineu foi homenageado na Casa do Figureiro, em solenidade da Câmara Municipal de Taubaté, no Dia do Folclore. “No primeiro momento, eu fiquei surpreso pelo convite; no segundo momento, eu fiquei surpreso por ser pelo Dia do Folclore. Então, eu pensei: Será que eles estão confundindo mula-sem-cabeça com mula-sem-cabelo?”, brinca Lineu. “Mas o folclore é cultura popular e eu sou um cara que trabalha em função da música popular”.

A profissão de luthier é clássica, artesanal e exótica. Mesmo assim, Lineu não deixou de usar a tecnologia a favor de seu trabalho. Por não gostar muito de mexer na internet, contratou um profissional para fazer sua página no Facebook, além de um site, vídeos no Youtube e um blog. “As redes sociais potencializam o grande talento do luthier”, afirma Kelly Nagaoka, dona da empresa Nagaoka Mídias Sociais, que presta serviço de assessoria digital a Lineu Bravo. Kelly admite que, para esse tipo de trabalho, é preciso ter bastante cuidado quanto ao conteúdo postado. “O cuidado é na pesquisa do conteúdo que não é comum em nosso dia a dia, isso exige um maior estudo de quem escreve para as redes sociais de Lineu”, afirma a empresária.


Lineu leva hoje uma vida tranquila, está em “um relacionamento sério”, trabalha em horário comercial, pratica atividades físicas, fabrica violão – mas não toca – e quem quiser encomendar um Lineu Bravo terá que esperar mais ou menos um ano para receber seu instrumento exclusivo e feito sob medida. Uma vida normal para quem tem uma profissão tão exótica.

Para o futuro, Lineu deseja continuar trabalhando e se aperfeiçoando na arte da luthieria. Agora, se alguém quiser saber quanto custa um violão Lineu Bravo, vai ter que começar procurando o luthier no Google.´





Como eu havia dito no início, a matéria foi capa do jornal Diário de Taubaté no dia 27 de setembro de 2013 e ganhou uma página inteira.

9 de junho de 2014

De bem com a vida e com meus óculos

Lá em 1270, quando foram inventados os primeiros óculos de grau, era uma maravilha. Uma novidade que "consertava" a sua visão, coisa de nobreza, burguesia, todos queriam usar.


Anos de passaram, ignorância e padrões de beleza reinaram sobre a terra. O óculos passou por uma fase de rejeição da maioria. Ninguém mais queria usar óculos. Era coisa de nerd, careta, velho, cego, feio. Óculos era sinônimo de feiura.

Hoje, obviamente, e graças a Deus, as coisas mudaram. Porém, ainda existem uns ignorantes por aí. Vejo pessoas tentando ler coisas com os olhinhos bem fechados e de longe, e pergunto: "Não consegue enxergar? Por que não usa óculos?". As respostas são sempre do tipo "estou fugindo do óculos", "não gosto de óculos", ou até mesmo "fico feia de óculos".

Gente, acordem!!! Usar óculos é tudo de bom! Eu, pelo menos, AMO! É tão gostoso você ter algo que te faz bem, que te faz enxergar melhor, óculos é saúde! É como ver tudo em HD! rsrs Mais, falando sério, é preciso ter o óculos como um melhor amigo. Hoje, existem diversos modelos incríveis e maravilhosos de todos os tamanhos, todas as cores para todos os gostos. Óculos se tornou um acessório. Não é preciso temer o óculos, ele é seu amigo e só quer te ajudar.

Eu não me vejo hoje mais sem óculos. Amo, são minha vida, esqueço meu celular mais não esqueço meu óculos. Tenho grau até no meu Rayban. A questão é que eu gosto de poder enxergar bem. E, acho estiloso, moderno, me sinto bonita de óculos, eles ajudam inclusive a esconder as olheiras. Não é preciso ter medo, sem ignorância por favor! E essa foto sou eu com meu lindo óculos! I S2 Glasses! 8)


19 de maio de 2014

A febre do álbum da copa

Crianças e adultos se encontram na praça principal de Tremembé para trocar figurinhas do álbum da Copa do Mundo 2014.


Por Alessandra Maria



Nesta época do ano, o clima é fresco naquela praça tão famosa na cidade de Tremembé. A Praça Geraldo Costa, mais conhecida pelos cidadãos como a Praça da Estação, recebe muitos eventos durante o ano como a Festa do Arroz em maio, a Festa junina em junho, a Festa do Senhor Bom Jesus em agosto, O Natal Iluminado em dezembro, entre outras. Mas, hoje, a principal atração da praça é a banca de jornal.

Em volta da pequena banca, aglomerações de pessoas trocam, compram e vendem figurinhas do álbum da Copa do Mundo 2014. Cristiane Vanessa tem três filhos que, juntos, colecionam dois álbuns. A mãe trás os filhos à praça aos finais de semana para tentar completar a coleção. “Esta sendo a minha primeira experiência com figurinhas, e estou até mais empolgada do que meus filhos”, anima-se Cristiane. O filho do meio, Cainan Gomes de 7 anos, adora a brincadeira. “Eu gosto de vim aqui porque tem bastante gente com as figurinhas que eu quero para poder trocar”, conta a criança.



E para quem pensava que trocar figurinhas é brincadeira de criança, está muito enganado. Marcos Vinícius tem 62 anos e também estava na praça procurando as quatro figurinhas que faltavam. “Eu completei o primeiro álbum que lançou esse ano, depois lançaram um com capa dura, eu tive que comprar também”, diz. Marcos é um colecionador, tem todos os álbuns completos desde a Copa de 1950, muitas das pessoas mais velhas que entram nessa febre, são porque colecionam o álbum há muitos anos.

Segundo uma matéria da BBC News, as figurinhas dos jogadores da Copa do Mundo no Brasil são fabricadas na fábrica da Panini (empresa italiana que imprime os álbuns desde a Copa do México, em 1970) em Tamboré, na Grande São Paulo e lá são impressas 40 milhões de figurinhas diariamente. Hoje o álbum comum custa em torno de R$ 5,90, dependendo da região. O álbum com capa dura custa aproximadamente R$ 24,90. Um pacote com cinco cromos custa um real. São 640 figurinhas para completar a coleção, sendo que 40 são metalizadas. E quem fica feliz com tanta gente comprando esses álbuns e cromos é o dono da Banca. Jorge Marcos, 54, é proprietário da Banca Calana na Praça da Estação em Tremembé há 35 anos e adora ano de Copa do Mundo. “Eu acho que chego a faturar 1000% a mais”, brinca. E completa: “Deveriam fazer também álbuns dos campeonatos brasileiros, para termos essa febre mais vezes, e não apenas de 4 em 4 anos”.


Mesmo não sendo dono de banca, também é possível faturar com essas vendas. Foi o que fez o funcionário público Celso Souza, 43. Ele fez um investimento inicial de mil reais e já conseguiu o dobro da quantia em lucro. “Eu comecei para mim, com o meu álbum, foi então que vi todo mundo vendendo e decidi fazer isso também”, explica Celso. Juntando trabalho e diversão, Celso possui uma pasta para organizar melhor suas duas mil figurinhas. Ele vende cada uma a 25 centavos, sendo que as mais difíceis custam um real, as da seleção brasileira custam dois reais, e a mais rara de todas, segundo ele, a do Neymar, que custa três reais.


Na era da internet, uma parceria entre a Panini, FIFA e Coca-cola criou um álbum virtual, para começar a jogar é preciso criar uma conta no Clube Fifa.com. As figurinhas virtuais podem ser adquiridas por meio de códigos presentes nas figurinhas de papel, vendidas nas bancas de jornal. E o jogo, inclusive, ganhou plataforma para Android e IOS. Mas mesmo com tanta tecnologia e acessibilidade, o que faz sucesso mesmo é a troca pessoal, levar os filhos e encontrar os amigos num domingo de manhã, para trocar figurinhas na praça principal no centro da cidade.


18 de maio de 2014

Cotas raciais, o ‘tapador de buraco’ do governo para um ensino sem qualidade

Por Alessandra Maria (artigo de opinião)

Liberdade, igualdade e fraternidade. Lá nos anos 1790 os franceses já clamavam por esses direitos básicos que todos os seres humanos deveriam ter acesso. E mesmo hoje, três séculos depois, do outro lado do mundo, no Brasil, não vemos esses direitos simples serem respeitados. Negros, brancos, pobres, ricos, estrangeiros, entre tantas outras diferenças da espécie humana, estamos longe da igualdade.

Analisando a teoria, o Brasil hoje deveria ser um país de igualdade, pois a Constituição Federal de 1988 assegura isso a toda a população:

Artigo 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes (...).

Se, a constituição nos assegura isso, por que em 2012 o nosso Supremo Tribunal Federal decidiu por unanimidade de votos que a política de cotas raciais será usada como um dos critérios para ingresso nas universidades? Se, temos o direito à liberdade e à igualdade, por que negros haveriam de ter qualquer tipo de preferência?

A decisão do STF tem a justificativa de reduzir as profundas disparidades sociais que segregam milhões de brasileiros. Julgando que, negros seriam pobres e teriam maior dificuldade de entrar na universidade. Segundo o Censo de 2010, temos 47,7% da população que se declara branca e 7,6% que se declara negra. A mesma pesquisa mostra que em um grupo de pessoas de 15 a 24 anos que frequentava o nível superior, 31,1% dos estudantes eram brancos, enquanto 12,8% eram negros. Se, temos uma quantidade menor de negros no país, consequentemente teremos uma quantidade menor de negros nas universidades se comparado à população declarada branca.


Em 2013, apenas 7,7% dos candidatos de escola pública que fizeram o vestibular da Fuvest conseguiram entrar na Universidade de São Paulo (USP) em 2013. Sendo que 85% dos estudantes de ensino médio do país são de escolas públicas. Se, nossos alunos de ensino médio público não estão conseguindo entrar no ensino superior público do país, algo muito errado está acontecendo, e algo que de nada está relacionado a desigualdades sociais ou raciais, e sim a qualidade da educação.

Ou temos um ensino superior público de difícil acesso com provas extremamente acima do nível necessário de conhecimento ou temos um ensino médio público muito ruim que não consegue nem colocar seus alunos na universidade pública. Há sim um grande problema, a falta de investimento e o descaso com a educação. E não são cotas raciais que vão diminuir esse problema. A educação é a chave para resolver 60% dos problemas do nosso país. Se a questão é diminuir a desigualdade social, o primeiro passo seria uma rede de educação de qualidade para que pobres ou ricos, brancos ou negros frequentassem as mesmas escolas e tivessem as mesmas chances de ingressar nas faculdades. Se for para tapar mesmo o buraco na educação, que se coloquem cotas para alunos de ensino médio público, e não apenas negros.

Após a votação das cotas de 2012, um processo parecido se repetiu este ano. Em março deste ano, com 314 votos a favor e 36 contra, a Câmara dos Deputados aprovou dessa vez, um projeto de Lei do governo federal que reserva 20% das vagas em concursos públicos para candidatos que se declararem pretos ou pardos. Num país com uma miscigenação tão grande, como é possível saber quem realmente é negro, pardo ou branco? Eu sou branca, meu bisavô é negro, e esse sangue negro corre em minhas veias, então afinal, o que eu sou?

Até quando o governo tentará tapar os buracos da falta de educação de qualidade, e da desigualdade social? Cotas para negros não é a solução em nenhum dos casos, nem das universidades e nem nos concursos públicos. E se a população não está satisfeita com a qualidade do ensino no país, que não é igualitária e nem de qualidade, deveríamos nos inspirar mais na revolução francesa e garantir nossos direitos à igualdade, liberdade e fraternidade.

24 de abril de 2014

RESENHA: Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil

Vi esse livro na prateleira da livraria e me apaixonei pela capa! Mesmo sem grana e com uma fila imeeeensa de livros para ler, tive que comprar e passar ele na frente de todo mundo (os livros, meus babys). A capa tem ilustrações de diversos personagens da história do Brasil, mas o que mais me chamou atenção foi ter a imagem da Dilma, ela é tão recente e já está em um livro da história do Brasil? É a versão mais nova do livro, a que li, que possui mais histórias e mais personagens, é a edição ampliada. O autor é Leandro Narloch. Vejam que f*da a capa:



Vamos lá, o livro começa desde o começo meeeeeeeesmo, la na época dos índios. Fala dos portugueses, dos escravos, das guerras, dos conflitos, do 14 bis, da independência, dos personagens, dos livros, de artistas e políticos. Não vou falar mais que isso, já que esse livro trata muitos assuntos em pequenos capítulos, fica muito fácil de dar spoiler. Mais já da pra imaginar mais ou menos o conteúdo riquíssimo.

 O livro veio questionar toda a história contada para o nós, meros mortais, sobre o nosso Brasil, e mostrar que nem tudo que aprendemos durante os quase 12 anos na escola é verdade. Muita coisa é distorcida, exagerada, errada e má interpretada. Mesmo o autor usando argumentos e fontes, são coisas tão diferentes da que ouvimos a vida inteira que é até de desconfiar se esse livro é verdadeiro.

Mas a questão é que esse livro abre a sua mente para criticar nossas histórias, nossos heróis e nossos vilões. É um livro muito rico, agregou muito para minha bagagem de jornalista, tem uma linguagem leve, moderna, gostosa de ler. Não é um livro chato, possui capítulos pequenos e eu amo isso. E o que me chamou a atenção foi a diagramação do livro, como entendo um pouco dessa área eu posso dizer: É a diagramação de livros mais linda e perfeita que já vi até hoje. Parabéns para a equipe do livro!

Na verdade esse livro possui, o que podemos chamar, de pequena saga. São outros livros no mesmo estilo com histórias diferentes. Além do Guia Politicamente incorreto da história do Brasil, temos o da América Latina, do Mundo e da Filosofia, devem ser interessantes. Eu juro que vou tentar ler todos, vamos ver se a minha questão financeira irá permitir.



23 de abril de 2014

Dia do liiiiiiiivro + the best books

Bom, não é o dia Nacional do Livro, mais é o dia do livro! Só isso basta. Então resolvi fazer um post sobre os melhores livros que já li de todos os tempos! Vou tentar ao máximo fujir dos padrões e dos best-sellers, e é claro que tem livros que são obviamente meus preferidos mais que nem precisam entrar na lista de tão óbvios, como por exemplo Harry Potter.

Vamos começar então com o livro da minha foto ao lado, Sal, a capa já diz tudo, acho que é o livro com a capa mais bonita que tenho, e por incrível que pareça, a autora é brasileira. Ela tem um jeito de escrever muito diferente dos livros normais, e a história é incrível, impossível parar de ler, uma história totalmente diferente dos clichês que estamos acostumados, adorei o casal gay! Se passa numa praia e em uma família que à muitas gerações cuida de um farol. Eles meio que vivem afastados do mundo, apenas naquela praia de difícil acesso, raramente saem de lá. Vale a pena ler, é fascinante.

Tenho uma paixão enorme e fascínio pelos livros do Dan Brown, os que li, e amei, foram Anjos e Demônios e Inferno. Amo as aventuras de Robert Langdon nesse universo que mistura a história, igreja e simbolismo. Embora tenha ficado decepcionada com a adaptação do filme Anjos e Demônios...

O próximo é a tão querida Trilogia Millenium!!! Já comprei o box mais até agora só conseguir ler o primeiro livro, que é mega foda, e o filme também. Uma grande aventura que se passa na suécia com direito a jornalismo investigativo, estupradores, serial killers, hackers, romance e muito mais. Totalmente empolgante, de tirar o fôlego, é uma pena que o autor tenha morrido, Stieg Larsson, ele pretendia escrever outros livros de continuação dessa saga maravilhosa.

A menina que não sabia ler, de Jonh Harding. Esse livro é bem louco, no bom sentido. Pela capa simples e branca eu não imaginava a grande história doida que teria dentro. É um dos meus preferidos, gosto de livros exóticos, que saiam do padrão, livros que surpreendam no final.

Gente, é muito livro que amo!

Vamos lá, brevemente: Os dois livros de Khaled Hosseini, O caçador de pipas e A cidade do Sol (que está em promoção no Submarino por R$11,90) , sendo esse segundo o meu preferido por falar do universo feminino. Fascinante, surpreente, chorei muito nos dois, principalmente em A cidade do Sol. Vale super a pena.

A Sangue Frio. Baseado em fatos reais, um livro supostamente jornalístico que mostra um assassinato que aconteceu mesmo, nos Estados Unidos, mostra a versão dos assassinos e das vítimas como se fosse um romance. Podem falar o que quiserem de Truman Capote, mais que ele escreve muito bem, ninguém pode negar. É um livro mais caro, mas vale a pena.

E para finalizar (apenas essa lista e não de todos os livros que amo)  dos queridinhos  Robert e Jay, THE WALKING DEAD! Sou totalmente viciada no seriado e também nos livros, já li os dois primeiros da saga, o terceiro já foi lançado, mas ainda não consegui comprar. Um livro de zumbis que não é bobinho. Indico super, principalmente para os viciados na série. E é isso, por enquanto! rs

21 de abril de 2014

#ConfessoQue

não amo feriado
sou sedentária
não sou feliz
felicidade não existe
sou pobre
amo chocolate
não faço dieta
não ligo pras minha banha
minha mãe canta feio
meu pai é psicopata
meu irmão é retardado
minha cachorra é mais retardada ainda
a páscoa só é feliz porque tem chocolate
odeio fazer trabalhos da faculdade
amo dormir
amo usar óculos
amo mais meu gato que minha família
odeio sol
facebook me irrita
mimimimi me irrita
quero trabalhar
o ovo é mais gostoso que a barra
que sou gorda
sou feia
minha auto estima ta péssima
a internet ta mais devagar que a tartaruga cotoco
odeio padrões de beleza
sou gorda e não ligo
sou feliz em poder comer o que quiser
comer me faz feliz
a comida é minha amiga
meu irmão fede
não sei como meu irmão tem namorada
amo bacon
amo Frozen
nasci de 8 meses
sou lerda
sou muito chata quando quero
sou legal pra caramba
Chega de confissões! Bjunda!

3 de abril de 2014

Perfil autobiográfico

Bom, mês passado fui fazer um teste para uma entrevista de emprego.Um estágio de comunicação. Eles pediram para que cada um dos candidatos fizessem uma apresentação criativa sobre si mesmo. Eu, obviamente, usei e abusei do jornalismo e da diagramação e optei por fazer um texto, um perfil, sobre mim mesma, como se eu tivesse me entrevistado e depois diagramei o texto como se fosse uma página de revista. O texto ficou curtinho pois a apresentação era apenas de três minutos. Mas o resultado ficou bem legal:

O texto:

Nascida para comunicar

“Love what you do”, em inglês que significa “Ame o que você faz”. Essa famosa frase do grande Steve Jobs é o lema da jovem de 19 anos, Alessandra Maria, afinal, para ela, o segredo da felicidade é sempre buscar amar aquilo que fazemos e fazermos aquilo que amamos.

Desde pequena, Alessandra já mostrava sinais de que seria uma comunicóloga. Logo no primário já havia conquistado vários prêmios de redação. Hoje, a jovem está no 3º semestre de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo na Universidade de Taubaté. Escolheu o jornalismo, primeiramente, porque era o curso que mais se encaixava com os seus dons de fala, escrita e criatividade.

Ao longo dos anos de faculdade, a jovem passou por várias áreas do jornalismo, fez estágio com Telejornalismo onde realizou entrevistas importantes como Eduardo Suplicy, trabalhou com marketing e redes sociais, revista e teve várias matérias publicadas no jornal Diário de Taubaté. “Meus amigos costumam brincar comigo dizendo que sou uma jornalista publicitária, pois domino tanto arte e diagramação quanto texto”, destacou Alessandra.

Seu principal passatempo é a leitura, possui cerca de 100 livros e sempre está lendo algum. A estudante é católica e faz teatro na missa das crianças quase toda semana na Paróquia São José, em Tremembé, cidade onde mora com sua família. Acredita que para ser uma boa jornalista, primeiramente é preciso ser versátil, ter bom senso, ser ético e entusiasmado com a profissão. Afinal, para ela, comunicar é mais do que informar, e sim envolver as pessoas.

A universitária está sempre em busca de novos aprendizados. Alegre, divertida, sensitiva, versátil e compreensível, que gosta de falar, mas também que gosta muito de ouvir as histórias e ensinamentos das pessoas. Hoje Alessandra busca uma nova oportunidade para se inserir no mercado de trabalho na área de comunicação.<<

2 de abril de 2014

Entrevista de estúdio - Renata Santos

Na faculdade de jornalismo a gente consegue ter diversas experiências interessantes. Nessa semana por exemplo, tive que fazer um trabalho valendo nota para a disciplina de Telejornalismo, uma entrevista de estúdio de apenas 4 minutos. Escolhi o tema música e entrevistei a Renata Santos, da dupla Renata e Gustavo (site). Eles são irmãos, de Taubaté, já possuem um CD lançado e vão lançar mais um esse ano, com direito a clipe e tudo mais. Confiram o vídeo:


Ônibus, o famoso busão

Esse é o grande meio de transporte. Famoso, popular, impossível achar alguém que nunca subiu em um para um passeio. Tem os mais chiques, leito, com wi-fi, ar condicionado, televisão, e tem os pobrezinhos, que são aqueles que rodam todas as cidades do país apilhados de gente se sentindo sardinhas na lata. O meio de transporte que gera intrigas, assédios, e até mesmo manifestações. Por que o nosso querido busão que nos leva todos os dias nos gera tanta repugnância? Por que todos que andam de ônibus sonham em poder se livrar dele? São diversos motivos, mais principalmente é porque o sistema ainda é precário. 
Primeiramente, o horário. Tem ônibus que só passa a cada 1 hora. Se você chegar no ponto e o busão tiver acabado de passar, vai ficar lá, de pé, no sol, uma hora, no ponto. Ah, o ponto. Lindos esses pontos que ficam no meio do mato, sem sombra, sem assento, perfeito para o cidadão se sentir feliz e confortável. E quando o ônibus não vem? Senta (na calçada) e chora, liga pro chefe porque você vai atrasar. E, fique esperta, vão aparecer muitos homens te assediando quando você tiver no ponto, isso acontece comigo todos os dias. Moço, não é porque eu to no ponto esperando a droga do ônibus que sou obrigada a escutar essas coisas! #estressadalogocedo
Legal, depois de tanta espera, e tanto sofrimento de pé no sol carregando sua mochila pesada e ouvindo animais te assediando, você vê o ônibus, e sente um alívio pois enfim poderá sentar e descansar suas costas que agora já doem em plena 7 horas da manhã. Ou foi isso que você pensava. O ônibus vem lotado de gente e quase não espaço para você ficar de pé. Você se livrou do sol, mais agora tem ser artista de circo, achar espaço, se pendurar nos cabos, segurar a mochila na frente para ninguém te roupar e ainda proteger a retaguarda dos tarados de plantão. E, se esquivar do povo que cedinho já está fedendo urubu pobre. Agora a missão é se infiltrar lentamente para o fundo, sem esbarrar nas pessoas, para que você possa conseguir descer no ponto certo. Depois de muito suor, você desceu, finalmente, alívio. Cansada, com dor nas costas, estressada, suada, agora você precisa andar mais uns 3km até o seu trabalho. E ainda chegar lá com uma cara feliz de bom dia, de descansada, limpa e tranquila. Não é fácil a vida de quem anda de ônibus. Entendam. É muito sofrimento. 

8 de março de 2014

Nosso dia?

Todos já sabemos que hoje é o Dia Internacional da Mulher. Dia de comemorar? Não. Para mim é dia lembrar a luta. A luta constante das mulheres, que começou a milhares de anos. Direito ao voto? Isso não é nada. Queremos o direito de igualdade. Me parece irônico quando vejo em dias como hoje, vários homens compartilhando frases bobinhas de "Feliz dia da Mulher", sendo que na casa dele é um ser totalmente machista, não ajuda a criar os filhos, não ajuda na limpeza e manutenção da casa e ainda bate na esposa e filhos. Em dias como hoje fico triste por ainda existir o machismo. E mais triste ainda por saber que existem homens que acham que o feminismo é elevar as mulheres acima dos homens. Feminismo não é uma luta de sexos, é um luta de igualdade. Fico triste em saber que ainda existem homens que estrupam (na verdade esses nem merecem ser chamados de 'homem' e sim de 'animal'). Fico triste em saber como as mulheres ainda sofrem no mundo inteiro, sendo que a maior parte da população mundial são de mulheres. Portanto hoje não é dia de comemorar, pois as mulheres ainda não conseguiram a igualdade da sociedade. Hoje é dia de luta. De lembrar com mais força de que existe essa luta e mulheres sofrem com isso todos os dias, em casa esquina que algum idiota assobia, em cada quarteirão que algum estúpido coloca a mão suja na sua bunda. A cada mês que seu salario vem mais baixo do que o do cara que faz a mesma coisa que você. A cada dia em que uma mulher é estrupada e colocam a culpa na mulher por suas roupas. O que mais me dói ainda é saber que existem mulheres machistas. Querida, você tem uma vagina? Então sim, você é feminista. Não tem como não ser. Hoje não devia ser o dia da mulher, devia ser o dia do feminismo, do dia da luta contra a opressão do pênis, o dia da luta a favor da igualdade. Eai, você é a favor da igualdade?




Chuva que me inspira

Estou aqui no 5º andar, vejo pessoas caminhando para todos os lados. O céu está cinza esbranquiçado e gotículas de água caem nos guarda-chuvas bregas. Vejo alguns andando, tranquilamente, sob a água sem nenhuma proteção. Pessoas que ficam felizes por estarem sentindo a chuva. Sim, eu amo a chuva. Daqui posso ver muitas coisas, tenho uma visão privilegiada. Vejo os sinos da igreja que tocam de hora em hora, vejo a poluição do céu, vejo o Cristo de braços abertos no morro, vejo muitos prédios e poucas árvores, vejo as ruas e o trânsito, vejo as pessoas, vejo você. Aquele que destaca perante a multidão, não para todos, sim para os meus olhos. Seu andar, seu jeito, se fechar os olhos posso até sentir seu cheiro e ver seu sorriso. Você está molhado, e por isso, extremamente nervoso, você odeia chuva e eu amo. Chuva que te estressa, chuva que me acalma. Chuva que limpa, clareia, estraga. Chuva que estragou muitas das nossas noites especiais. Por que odiar tanto a chuva? Por que tanto caos em ficar com os pés molhados? Querido, você sabe mesmo como fazer tempestade em copo d'água. Eu te vejo e desejo estar com você. Mais não te seguirei, não te encontrarei, não nessa chuva. Pois eu sei que você não está bem e não quero ser contagiada pelo seu estresse. Ó chuva, por que sempre vem na hora errada? Por que não vem nas horas em que o sol nos queima? Não precisamos de você a noite. Ó chuva. Chuva que me inspira e eu respiro. Vejo e releio mais não sinto. Quero sair, quero te sentir ó chuva. Não posso me molhar. Ficar molhado, sair na chuva tranquilamente, isso é luxo para poucos. É,chuva, está na hora de você partir, já fez estrago suficiente para os que te odeiam, já trouxe o necessário para os que o amam. Flores, ah, como elas te amam.


14 de fevereiro de 2014

Como saio desse labirinto de sofrimento?

Se o labirinto é a vida, a única forma de sair dele é a morte. E isso me deixa muito triste. Faz-me pensar que viver nesse mundo é apenas um teste para saber quem merece viver em mundo melhor que esse. Então continuo caminhando nesta trilha de muralhas e curvas sem fim, sem saber o que me espera a cada passo,
podem ser espinhos ou flores, coelhos ou dragões. Seja o que encontrar você precisa lutar e precisa vencer, você não tem outra escolha. Ou mata ou morre. Mata e junto morre um pouco de si mesmo. Não existe mapa, não existem conselhos, não vejo ninguém. Sofro nessa caminhada e estou sempre sozinha. Olho aquele objeto que costumava que fazer sentir segura. Mais não agora. Não nesse labirinto de sofrimento. Aqui você entra sozinho e se sobreviver, também sairá sozinho. A vitória ou a derrota é apenas sua, você é o único que vai sofrer as consequências de suas lutas e escolhas. Mais lembre: ninguém vai te ajudar, ninguém vai torcer por você, ninguém vai ter dó. Você até pode desistir do labirinto no meio do caminho, mais essa escolha é uma estrada sem volta e sem sucesso.

Texto inspirado na leitura do livro: Quem é você Alaska, de John Green.