6 de junho de 2013

Resenha do livro “A arte de entrevistar bem” de Thais Oyama

Por Alessandra Maria

Neste livro, Thais Oyama mostra aos estudantes e interessados em jornalismo como funciona a entrevista. A pré-entrevista, agendamento, explica o modo de se vestir do repórter, o modo de chamar o entrevistado, onde fazer a entrevista, como, quando, qual, o que é melhor, o que é pior, o que fazer para não dar nada errado na entrevista, como entrevistar pessoas difíceis, como editar e escrever a entrevista e por fim explica como fazer para transformar a entrevista em um desastre. Para isso ela usou de seus anos de experiência e entrevistas com colegas da área.

Antes, a autora explica como é a relação do repórter e assessores de imprensa, no caso de entrevistados importantes. A principal ‘ordem’ que ela dá para os leitores é para pesquisar tudo sobre o entrevistado, sabendo sobre o que você esta falando, não saem perguntas idiotas e há mais chances de se ter uma boa entrevista. Ela indica que os encontros devem ser sempre pessoalmente. E-mail e telefone são para serem usados eventualmente, apenas quando não há outro jeito ou para checar alguma informação esquecida depois da entrevista. Jornalistas tem que saber o Dress Code, ter senso para vestir-se corretamente dependendo do local e do entrevistado. Chamar a pessoa sempre de Sr. ou, se for uma cargo importante, o nome correto do cargo, chame pelo nome apenas se o entrevistado permitir. Gravadores e blocos de anotações, anote os tópicos e falas importantes e cheque sempre se o aparelho está funcionando, não esquecendo de perguntar ao entrevistado se ele se importa com o fato da gravação. Inclusive, Thais destaca muitas dicas para quebrar o gelo, por exemplo, comece a conversa com um assunto comum que a pessoa goste e depois vá para a entrevista, deixando as perguntas mais difíceis por ultimo.

Durante, a jornalista mostra coisas que geralmente podem acontecer durante a entrevista e dá dicas de como fazer certo. O repórter tem que ser humilde e não pode mostrar ao entrevistado que sabe mais, é preciso saber ouvir, escutar com atenção, não mostrar desinteresse e sempre perguntar quando não souber algum algo que ele estiver falando. Para grandes revelações, Thais usa o termo “poker face”, que significa cara de paisagem, e é essa cara que nós jornalistas temos que fazer quando o entrevistado solta uma “bomba”.

Depois, Oyama fala como driblar os pedidos impossíveis dos entrevistados, é preciso grande jogo de cintura do repórter. Além disso, dicas de edição da matéria. Ela fala as diferenças para entrevistas em rádio e TV do impresso. Na rádio e TV o entrevistado precisa falar bem sempre, explica como lidar com cada tipo de pessoa difícil de ser entrevistada. Ainda mostra experiência de vários outros repórteres comentando o estilo deles, cada repórter precisa ter seu estilo, para cada vale um jeito e uma regra diferente, ninguém é igual. E por fim ela fala como transformar a entrevista em um desastre comentando casos que aconteceram.

O livro é muito bom, indico a leitura, obrigatória para jovens jornalistas. Thaís Oyama encanta com sua inteligência, bom humor e ótima escrita neste livro. Guardei para mim muitas dicas dela.

Um comentário:

  1. Acabei de ler esse livro e achei muito interessante, é um livro muito fácil de ler e ao mesmo tempo muito rico em conteúdo, quando terminei só tive a sensação de que fiz a escolha certa.

    agora-dezoito.blogspot.com.br

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