16 de abril de 2015

A polêmica do Sr. Grey

Bom, já passou o auê do lançamento do filme "Cinquenta tons de cinza" e agora me sinto confortável para comentar sobre esse grande sucesso de bilheterias.

O LIVRO
Primeiramente queria dizer que eu li sim todos os livros da trilogia da E. L. James. Li há uns dois anos atrás, no comecinho, quando ele nem era tão famoso, e confesso que tinha vergonha de dizer que estava lendo ele. Fazer o que, o sexo ainda é um tabu nessa sociedade. Ainda mais, sexo daquela forma. Poucos conheciam o livro e mesmo assim eu tentava esconder a capa dele quando fazia minha leitura no ônibus e o deixava sempre dentro da gaveta e não em cima da escrivaninha como costumo deixar. Decidi ler por curiosidade mesmo, queria saber como alguém consegue escrever sobre esse tema. Se eu gostei? Bom, se comprei toda a trilogia eu no mínimo curti.
A primeira coisa que temos que saber é que, para se ler esse livro tem que ter a mente aberta e um mínimo de maturidade para saber que aquela história é uma ficção e não realidade. Em nenhum momento da leitura eu senti vontade de ser a personagem ou de entrar naquele quartinho vermelho da dor, mas o livro nos atiça pelo tema e a forma como ele é contado, livres de tabus, ficamos curiosas para saber como é a vida dos personagens e qual será o destino deles. O diferente desse livro é que ele não é como o Harry Potter, por exemplo, que cada livro da saga é uma aventura diferente com começo, meio e fim. Em cinquenta tons temos apenas uma aventura, aonde o livro um é o começo, o dois é o meio e o três é o fim. #ficadica

A HISTÓRIA
Fez sucesso exatamente pelo fato do sexo ainda ser tabu. Se o sexo já fosse um tema leve e tranquilo, creio que Cinquenta Tons não seria sido tão polêmico como foi. Junte isso, apimente com o sadomasoquismo, e acrescente a clássica equação de sucesso do cinema: uma pobre e bela donzela com um príncipe "monstruoso" e rico. Resultado: sucesso na certa. A grande crítica à história foi que o livro e o filme incentivam o povo a fazer sexo violento, fazem as mulheres quererem ser submissas, e mais um monte de outras baboseiras. Pra mim, mito. Feminista como sou, jamais me tornarei submissa porque li um livro em que a personagem era assim. Da mesma forma que nunca assassinei ninguém por ler um livro sobre assassinatos. É simples assim. É apenas um livro galera, ele não vai mudar a personalidade do leitor, até porque se mudasse, o pessoal que lê livros de auto-ajuda não iria mais precisar ler. O livro não vai fazer lavagem cerebral em você, basta ter a cabeça aberta e o mínimo de maturidade. Ou seja, se eu tivesse uma filha, não deixaria ela ler esse livro antes dos 15 anos.

O FILME
Não me surpreendi com os atores. Para o Sr. Grey esperava alguém bem mais gato (tipo o Ian Somerhalder) e para a Anastasia eu esperava alguém com mais personalidade. Mas de modo geral, os atores escolhidos atenderam perfeitamente às descrições dos personagens no livro. Gostei da fotografia do filme, conseguiram fazer o filme em tons mais acinzentados/nublados. A trilha sonora é bacana, o filme foi bem feito, o roteiro seguiu o livro e os cenários estavam incríveis. Mas, é aquilo, o primeiro livro é só o começo de uma história que termina no livro três. Então para quem não leu a trilogia, o filme teve um péssimo final. A maioria das pessoas ficaram sem reação porque acabou do nada sem um grande clímax ou agitação ou mesmo um desfecho. Acontece que, quem assistiu não sabe que o primeiro filme é mais parado mesmo, tipo uma introdução. Espero que o segundo e o terceiro sejam mais emocionantes e não deixe seu público confuso.

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